Os dias têm passado rápido demais. Olho pra frente e logo depois já olho pra trás. Tento correr com o tempo, mas também quero poder apreciar a paisagem, ouvir as batidas do meu coração e o barulho incessante da vida lá fora. Digo a mim mesma, então, para não me apressar. Pego emprestado uma nota de um dos muitos cadernos coloridos da Clarice para me convencer, afinal, "o fim não é para se esbarrar..."
A primavera chegou. O sol me amorna a pele e me pinta as bochechas. Mas que frio é esse em mim? Faço minha própria sombra e o vento sopra de dentro...
Queria ter certezas. Garantias. Queria saber que tudo vai dar certo. Que as flores que nascem hoje não vão morrer amanhã. Mas no fundo sei que ninguém tem o que peço. Nem a vizinha, nem a moça rica, nem brasileiro, inglês ou japonês. Todos estão nessa vida para apostar. Just like me...
Fecho os olhos diante do abismo de cada passo. Se não pulo, me empurram. Devo então sorrir e me lançar. Sentir o vento nos cabelos, a leveza do vôo e a emoção da queda.
3 comments:
Lindo.
Tenho muito orgulho de você.
Beijo.
Olá, Babinha!
Você não faz poesia. Você É uma POESIA ambulante. E nem precisa de rima. Minha querida menina, que está cada vez mais mulher. Te amamos cada vez mais e, tenha certeza, esta força interior que você nem sabe direito que tem, vai te "segurar" na beirinha do abismo. Beijos de amor, Mami
princesa,
Continue escrevendo, registrando teu ponto de vista e teus sentimentos. Para nós, que estamos longe, tem sido uma oportunidade de relembrar, com calma, a beleza de tua alma.
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